segunda-feira, 12 de abril de 2010

Raclette por Ricardo Weber!

Tenho uma amiga muito especial que jantou em minha casa pela primeira vez, a Tati. Ela é daquelas paixões antigas, amiga que tem um lugar bem guardado no coração e por mais que eu fiquei meses ou até mesmo anos sem falar com ela, quando nos falamos, parece que foi ontem.

Tudo começou com um dia de chuva onde fiquei com a Amandinha (irmã da personagem) esperando a Tati para dar um beijo nela. O beijo virou uma carona e no meio do caminho fomos rindo muito com a companheira de trabalho da Tati, a Lucia que é uma portenha linda, divertida, bem humorada e o mais interessante: a cara da Tati. Irmã gêmea mesmo!

Então surgiu a idéia de chamá-las para um jantar em casa. Após convite feito e aceito, chegou também uma grande dúvida do que preparar para elas. E para ajudar, no meio do caminho descobri que a Lúcia é vegetariana. Lembrei na hora da minha amiga que trabalhou comigo na Vaga Lume, Daniela, que também não come carne, mas vive muito feliz no mundo dos queijos e cogumelos. Só não queria cair na mesmice dos risotos ou saladas.

Após muita massa cinzenta queimada, pensei em um prato bem democrático que atende bem os vegetarianos e os apaixonados por carne: raclette!

"Queijo assado". Era assim que os montanheses suíços (do Cantão do Valais, a oeste dos Alpes) chamavam (quando criaram) o que se tornou um dos mais apreciados pratos de inverno do mundo: raclette. A técnica era também muito simples. Com a ajuda de um longo garfo de ferro, que funcionava como espeto, colocavam grandes pedaços de queijo próximo ao fogo. Alguns minutos depois, ao derreter a parte de cima, o queijo era raspado com uma faca e colocado no pão. Foi em uma exposição em Sion, em 1909, que, pela primeira vez, essa técnica desceu a montanha e, a partir do verbo racler (raspar em francês), virou Raclette.( http://taste.uol.com.br/news/templates/noticia.asp?idNoticia=714)

Como não tenho a racleteira, criei a minha versão da raclette. Cozinhei sem casca 2 batatas para cada convidado. Depois preparei alguns potinhos com os seguintes ingredientes para cada convidado preparar o seu prato: bacon frito em pedacinhos bem pequenos, frango desfiado e temperado, ervilha, milho, azeitonas, tomate com cebola, cogumelos e alho frito. E um bom azeite na mesa.

Depois preparei um creme de queijo com 4 caixas de creme de leite, 500gr de mussarela, 300grs de queijo prato, 200grs de parmesão ralado fresco e 1 colher de café de curry em pasta. Uma maravilha dos deuses !!!!!

Daí funciona assim: cada convidado pega uma batata e coloca no prato dando uma quebrada ou amassada nela. Coloca os temperos que gosta. Por exemplo, eu coloquei frango desfiado, tomate com cebola, azeitonas verdes, cogumelos, azeite e alho frito e por cima de tudo o creme de queijo!

Posso dizer que é uma das minhas paixões. E o gostoso é que vira um ritual onde cada pessoa prepara do seu jeito, todos ao redor da mesa, com muito bate papo e troca de tigelinhas! Bem ao estilo Weberland!